Já tentei definir o sentimento abstracto que todas as pessoas desejam sentir intensamente na sua vida - o amor, mas não consigo por palavras fazê-lo. Não consigo expressar o que é amar, como me sinto bem e realizada quando tenho ao meu lado aquela pessoa que me põe a sorrir, que me faz corar com simples palavras, que me entende, que me faz vibrar com um sussurro ao ouvido, que me hipnotiza com um olhar, não sei explicar. O amor é um sentimento particular e próprio de cada um, cada um ama á sua maneira, do seu gosto, talvez o expresse mais, talvez menos, mas não deixa de amar.
Por vezes, torna-se tudo tão intenso e tão desejado que só queremos que a pessoa amada fique ali connosco, que nos aperte com força, que nos dê um boliscão para sentirmos que não é um sonho, que nos ame para sempre que nos envolvemos tanto com ela ao ponto de não a querermos deixar ir embora, agarrando-a a nós, ao nosso íntimo, ao nosso amor, não querendo que ela nos deixe ali no escuro, sozinhos. O medo de a perder é tanto que nos esqueçemos de nós mesmos perdendo-nos em nós e é aí que ela sente a nossa falta, o nosso carisma, o nosso encanto e então perde-se e vai-se, ás vezes para sempre, outras vezes apenas descansa para continuar a amar e desta vez com mais força. E acreditem que quando nos perdemos, não há maneira de satisfazer o outro. Lembrem-se, a maior parte das vezes, a outra pessoa não nos exige nada, só quer que amemos tanto quanto ela nos ama, não nos pede mais que isso, por isso não se sintam na obrigação de fazê-lo á força, amem apenas, vivam o amor, sintam-no. Ma também é verdade que quando fazemos algo para a pessoa que gostamos é algo natural e nos dá imenso prazer, e é assim que tem de ser, tudo natural e espontâneo.
Faz, dá sem esperar recompensa, mesmo que a queiras. Faz porque queres, não porque queres que te façam. Já ouvi dizer que o amor sufoca, mas isso só acontece quando perdemos o nosso amor próprio, quando nos preocupamos como será o dia da perda e não vivemos o momento, aí sim, cansa, sufoca e acaba por esgotar.
Aquele amor que se gera a partir da atracção física, é erro, não funciona, não tem alcance, começa do nada e com nada termina. Há também aquele amor aventureiro que se pode comparar ao mendigo que anda á chuva, com tempestade e não se quer molhar. Também conheço aquele amor que vai surgindo, começa na amizade e vai surgindo, pouco a pouco, cada coisa no seu lugar, no momento certo, tal como o mendigo que se prefere abrigar dos raios, da tempestade e da chuva e sair apenas quando a chuva suave cair.
Parece tudo muito bonito, e é. Se amas, deixa o outro viver, não te consumas pelo ciúme, o outro não vive angustiado e tu não vives, preocupada, sem motivos muitas vezes. Estar alerta e atenta, não é ser possessiva, calma, ele ou ela ama-te. Não há mais nada a dizer, como diz o meu professor de Geografia A, ' tudo o que é demais, enjoa'. É simples, vive o momento.
Se há algo que adoro fazer é ver desenhos animados logo de manhã e a novela á noite, é ler um livro com o calor da lareira, escutar música debaixo dos cobertores, tomar um duche de água quente e sair de lá com as pernas vermelhas, é escrever naquele meu caderninho que me acompanha há seis anos, a que na altura chamava de diário e agora é o meu livrinho dos rascunhos, da alma. Pegar na bicicleta e ir até ao mar, sentar-me e ouvir as ondas. Correr com o pôr-do-solo como companhia. Muito provavelmente o meu hobbie preferido seja .. viver. Haverá melhor?
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Maria João, Bia Tomé e Andreia Arruda 07.09.2009 |
Mas esta mudança não implica só isto, não seria só as cartas da escola que mudariam de morada, não seria só o nome da rua que se alteraria, nem o do país, nem o do continente, seria abandonar todos aqueles que amo, seria abandonar esta terra que me ensinou inúmeras lições.
Se o fizesse, não seria a primeira, nem a segunda, nem a quinta vez e seguramente também não seria a última, mas agora apercebo-me mais da mudança, de que são precisas muitas caixas para guardar a nossa vida, de que não basta querer.
A minha mãe diz que que é com isto que milhares e milhões de pessoas sonham todas as noites, o meu pai diz que é uma oportunidade única para estudar, para conhecer, para novas formações, para melhorar a minha vida em todos os níveis. Devo ir? Devo seguir o meu sonho que durante anos o alimentei não só com a esperança mas sim, como imenso esforço, empenho e dedicação ou devo manter-me no conforto, dentro do país e do continente que sempre me viu crescer?"A mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro.", será? Quero crescer, mas também não quero perder um ano da minha vida, em vão, tenho medo.
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Santa Bárbara 2010 |
Não vou revelar tudo, senão não tinhas para para descobrir.
Dia 1 - Descrição de ti própria.
Dia 2 - Os teus gostos. (a especificar no dia)
Dia 3 - Os teus hobbies.
Dia 4 - Os teus vícios/hábitos.
Dia 5 - Os teus ídolos.
Dia 6 - O teu talento.
Dia 7 - A tua wishlist.
Dia 8 - A situação mais embaraçosa por que passaste.
Dia 9 - Algo que te irrita.
Dia 10 - Algo que te orgulha.
Dia 11 - Algo que gostavas de saber/aprender.
Dia 12 - Algo que te deixe sem palavras.
Dia 13 - Algo sem o qual não conseguirias viver.
Dia 14 - Um local que te transmita paz de espírito.
Dia 15 - Uma imagem/fotografia que signifique algo para ti.
Dia 16 - Uma descoberta científica ou histórica
Dia 17 - Uma citação que gostes.
Dia 18 - Um site que visites regularmente e outro que tenhas perdido o interesse.
Dia 19 - Uma colecção que faças (ou que gostarias de fazer).
Dia 20 - Uma paixão secreta (ou nem por isso).
Dia 21 - Um texto que tenhas escrito há algum tempo.
Dia 22 - Uma memória que te tenha marcado.
Dia 23 - Uma carta escrita por ti, para um destinatário à escolha.
Dia 24 - Uma experiência que tenha mudado a tua vida.
Dia 25 - Um sonho ainda por realizar.
Dia 26 - O melhor dia da tua vida e porquê.
Dia 27 - O pior dia da tua vida e porquê.
Dia 28 - O que valorizas mais num blog; indicar um dos teus blogs preferidos.
Dia 29 - O que te faz mais feliz.
Dia 30 - Balanço do desafio.
Plaza di Spagna - Roma |
Obrigada por cada história contada, obrigada!