Q

Q de Quebrar ! Já reparas-te que sempre que falamos do passado tu nunca te diriges a mim e sempre que eu toco no baú das recordações nunca menciono o teu nome? Todas as juras e promessas que um dia se fizeram desfizeram-se do dia para a noite e que quando tu partiste quebraste o laço que nos unia arrancando, queimando cada página da nossa história. O vento, neste caso o tempo, levou as cinzas para um lugar distante. Lugar esse que não fazia parte do futuro que um dia planeámos quando andávamos pelo jardim de mão dadas sorrindo euforicamente ou até mesmo aqueles planos que um dia foram feitos pelas lágrimas que decorriam pelo nosso rosto distorcido simultaneamente. Amava-te da mesma maneira como se te tivessem amamentado do mesmo seio que eu, protegia-te como se fosses o meu bem mais precioso. Sem dúvida que a tua presença era o meu maior tesouro e o teu sorriso o meu ouro. Eras importante ao ponto de te tornares essencial, o meu bem primordial.  
Ouvíamo-nos e acima de tudo eu escutava-te e tu fazias o mesmo por mim. Admirava-te, eras tudo para mim. Tinha imenso medo de te perder por isso ocultei-te alguns pormenores da minha vida, mas eu não te mentia, protegia-me.  
As coisas mudaram, novas pessoas regressaram, novos caminhos abriram-se e o tempo foi a chave de tudo.  
Tu partis-te, e eu também. Não nos despedimos, mentiste-me, traíste-me e acima de tudo, desiludiste-me.
Amei-te muito mas nunca perdoarei o modo como sais-te da minha vida. Fizeste tudo pela calada. Mas faço outra promessa: cumprirei o que jurei perante a historia mais bonita da minha vida (nós) que jamais te esquecerei e assim será. Talvez quando me lembrar de ti, só venham os piores momentos ao de cima, pois estes apoderaram-se de todas as gargalhadas, manhãs, tardes e noite, horas e horas ao teu lado, apoderaram-se do que em tempo, foi o melhor de mim. Mas não importa o porquê dessa (re)lembrança, apenas cumprirei com a minha palavra. 
Agora estás ai e eu aqui. Não existo para ti tal como tu para mim és passado, algo esquecido. Foi bom, mas não durou; acabou. Talvez um dia nos reencontremos durante esta caminhada e esse dia será a meta de toda esta maratona. Lembras-te das tuas últimas palavras? 'amo-te, sempre', mentiste. Sou feliz, tu também és. Não quero mais nada de ti, nem tu de mim.  
Estou bem sem ti e sei que tu melhor sem mim, por isso não lamento nada e muito menos te agradeço por qualquer acto e demonstração de amizade porque se tu deste 100 eu dei 101. E agora, adeus. Tenho uma vida para construir. 

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